Resenha Filme #1 “Stalingrado – A Batalha Mais Dramática da Segunda
Guerra Mundial” – Dir. Sebastian Dehnhardt - 2009
Stalingrado é o nome de uma
cidade russa localizada às margens do rio Volga – e por isso chamada hoje de
Volgogrado. Lá ocorreu uma batalha de tipo estratégico durante a II Guerra
Mundial. Após a expulsão do exercito nazista pelos soviéticos, o primeiro
ministro W. Churchill (conhecido pelo seu anti-bolchevismo) declarou que, após
Stalingrado, a força bélica dos nazista deixava de ser invencível.
A ofensiva nazista em território
russo na II Guerra Mundial ocorreu em meados de 1941. O plano de Hitler era
tomar o Caucásio e em especial manter o domínio sobre Baku, território
estratégico por ser reserva de petróleo e carvão. O plano inicial de Hitler era
tomar Stalingrado, maior domínio urbano da região, até antes do inverno Russo
de 1942. O Führer seria derrotado, expulso e veria suas forças capitulariam
entre dezembro de 1942 e janeiro de 1943. Stálin, em 1941, previra que
Stalingrado seria o início do fim da dominação nazista em Rússia. E seu
comandante militar asseverou que havia para o exército lutar ou morrer por
Stalingrado. O que ocorreu foi bastante significativo: após lutas que chegaram
ao domínio da própria cidade, uma gigantesca reação soviética acompanhou a enorme moral
galgada pelo exército vermelho a partir da libertação de Stalingrado. De
lá os russos iriam não apenas retomar todo território ao leste ocupado pelos
alemães, como avançariam pela Polônia até Berlim na Alemanha.
A resistência em Stalingrado deve
ser saudada pelos comunistas que cultivam a nossa história dada a bravura do
exército vermelho, além de muitos voluntários que ajudaram a organizar a
resistência à ofensiva nazista. Na verdade, os russos já sabiam de antemão dos
planos de Hitler no sentido de concentrar sua ofensiva na frente sudoeste do
território russo. A tomada de Stalingrado (cidade do chefe de estado Joseph
Stálin) tinha um efeito simbólico, tanto para Hitler quanto para Stálin. Este
último determinou ser proibido que civis abandonassem a cidade – acreditava que,
com uma cidade abandonada, a moral do exército seria menos rigorosa.
Os alemães chegaram a cercar e
avançar pela cidade. Neste momento, o exército russo organizou-se em trincheiras
dos edifícios tombados pelos bombardeios aéreos, numa luta de guerrilha. Outra
tática de guerra dos vermelhos era a dos franco-atiradores, que matavam
generais e dirigentes do exército nazista afetando a moral adversária. Trata-se
de uma curioso tática de luta que remete ao velho terrorismo dos populistas da “Vontade
do Povo” e dos antigos Socialistas Revolucionários da Rússia.
Com a resistência na cidade e uma
nova frente voltada do oriente para apoiar as tropas de Stalingrado, os
nazistas foram forçados a recuar. Um pequeno contingente continuou na cidade
até se entregarem. Um general sempre relevante na história de guerra russa
fez-se presente: o inverno. Hitler proibiu a capitulação, exigindo que o último
militar alemão saísse da cidade morto. Entretanto, a desmoralização das tropas,
a falta da suprimentos, as cerca de uma morte a cada 7 segundos de soldados
alemães e as enormes dificuldades de um inverno rigoroso russo com menos 30
graus negativos forçaram a capitulação alemã. Os soldados famintos estavam se
alimentando de ratos e cachorros. Assim como os soldados vermelhos capturados
pelos nazistas eram logo enviados para campos de concentração e mortos, o mesmo
destino tinham os capturados pelos vermelhos.
Ao término do conflito de Stalingrado houve 1.143.500
soldados russos mortos e 400 000 alemães mortos. Na II Guerra Mundial,
haveria 50 milhões de mortos (militares e civis) dentre os quais 27 milhões
foram russos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário