domingo, 10 de novembro de 2013

“Stalingrado – Sebastian Denhardt”


Resenha Filme #1 “Stalingrado – A Batalha Mais Dramática da Segunda Guerra Mundial” – Dir. Sebastian Dehnhardt - 2009



Stalingrado é o nome de uma cidade russa localizada às margens do rio Volga – e por isso chamada hoje de Volgogrado. Lá ocorreu uma batalha de tipo estratégico durante a II Guerra Mundial. Após a expulsão do exercito nazista pelos soviéticos, o primeiro ministro W. Churchill (conhecido pelo seu anti-bolchevismo) declarou que, após Stalingrado, a força bélica dos nazista deixava de ser invencível.

A ofensiva nazista em território russo na II Guerra Mundial ocorreu em meados de 1941. O plano de Hitler era tomar o Caucásio e em especial manter o domínio sobre Baku, território estratégico por ser reserva de petróleo e carvão. O plano inicial de Hitler era tomar Stalingrado, maior domínio urbano da região, até antes do inverno Russo de 1942. O Führer seria derrotado, expulso e veria suas forças capitulariam entre dezembro de 1942 e janeiro de 1943. Stálin, em 1941, previra que Stalingrado seria o início do fim da dominação nazista em Rússia. E seu comandante militar asseverou que havia para o exército lutar ou morrer por Stalingrado. O que ocorreu foi bastante significativo: após lutas que chegaram ao domínio da própria cidade, uma gigantesca reação soviética acompanhou a  enorme moral  galgada pelo exército vermelho a partir da libertação de Stalingrado. De lá os russos iriam não apenas retomar todo território ao leste ocupado pelos alemães, como avançariam pela Polônia até Berlim na Alemanha.   

A resistência em Stalingrado deve ser saudada pelos comunistas que cultivam a nossa história dada a bravura do exército vermelho, além de muitos voluntários que ajudaram a organizar a resistência à ofensiva nazista. Na verdade, os russos já sabiam de antemão dos planos de Hitler no sentido de concentrar sua ofensiva na frente sudoeste do território russo. A tomada de Stalingrado (cidade do chefe de estado Joseph Stálin) tinha um efeito simbólico, tanto para Hitler quanto para Stálin. Este último determinou ser proibido que civis abandonassem a cidade – acreditava que, com uma cidade abandonada, a moral do exército seria menos rigorosa.

Os alemães chegaram a cercar e avançar pela cidade. Neste momento, o exército russo organizou-se em trincheiras dos edifícios tombados pelos bombardeios aéreos, numa luta de guerrilha. Outra tática de guerra dos vermelhos era a dos franco-atiradores, que matavam generais e dirigentes do exército nazista afetando a moral adversária. Trata-se de uma curioso tática de luta que remete ao velho terrorismo dos populistas da “Vontade do Povo” e dos antigos Socialistas Revolucionários da Rússia.


Com a resistência na cidade e uma nova frente voltada do oriente para apoiar as tropas de Stalingrado, os nazistas foram forçados a recuar. Um pequeno contingente continuou na cidade até se entregarem. Um general sempre relevante na história de guerra russa fez-se presente: o inverno. Hitler proibiu a capitulação, exigindo que o último militar alemão saísse da cidade morto. Entretanto, a desmoralização das tropas, a falta da suprimentos, as cerca de uma morte a cada 7 segundos de soldados alemães e as enormes dificuldades de um inverno rigoroso russo com menos 30 graus negativos forçaram a capitulação alemã. Os soldados famintos estavam se alimentando de ratos e cachorros. Assim como os soldados vermelhos capturados pelos nazistas eram logo enviados para campos de concentração e mortos, o mesmo destino tinham os capturados pelos vermelhos. 

Ao término do conflito de Stalingrado houve 1.143.500 soldados russos mortos e 400 000 alemães mortos. Na II Guerra Mundial, haveria 50 milhões de mortos (militares e civis) dentre os quais 27 milhões foram russos.

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